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Técnicos e professores debatem carreira única nos Institutos Federais

Técnicos e professores debatem carreira única nos Institutos Federais

Data: 4 de maio de 2013

A necessidade e pertinência de se organizar e defender uma proposta de carreira única para os professores e técnicos administrativos dos Institutos Federais foi debatida no terceiro dia do Encontro Regional Sudeste Sinasefe, no campus Serra, no Espírito Santo.

Última mesa do Encontro debate carreira

Na mesa de discussão “Carreira única dos trabalhadores em educação: qual carreira queremos?”, o técnico administrativo e dirigente sindical do Sinasefe seção Colatina Aliomar Silva apresentou as principais características da proposta de carreira única que o sindicato tem elaborada.

Segundo o sindicalista, a proposta de carreira única prevê a carreira composta somente de dois cargos: o de professor e o de técnico administrativo em educação; defende o fortalecimento do vencimento básico, estabelecendo uma data base e um indexador. “Também defendemos um piso salarial com base no valor definido pelo Dieese, que calcula qual seria o salário mínimo adequado para uma família de quatro pessoas terem o necessário para viver com dignidade atualmente”, explica Silva.

Também faz parte da proposta a garantia de processos contínuos de formação e uma estruturação que observe o tempo de serviço dedicado à instituição, garantindo ao servidor uma progressão a cada 18 meses trabalhados; um step (bonificação assegurada em cada progressão) de 5%; progressão por capacitação; incentivo a qualificação e linearidade na tabela, garantindo uniformidade de tratamento em todos os níveis.

Após as exposições da mesa, que também contou com a participação do dirigente nacional do Sinasefe José Carlos de Souza e do integrante da Comissão Nacional Docente do Sinasefe Randall Guedes, o tema da carreira única foi debatido pelo plenário. Entre os principais pontos abordados e que geraram discordância estiveram a discrepância de salários existente entre as titulações, o step fixo no valor de 5%, a entrada de todos os profissionais no mesmo nível e a não progressão por titulação.

“Nós que participamos das mesas de negociações com o governo, sabemos que tem sido difícil conquistar as vitórias, daí a importância do debate”, aponta Souza.

Salário de entrada

O salário base dos professores graduados que entram no quadro dos institutos é o principal problema enfrentado na atual carreira de professores, na avaliação do professor Randall Guedes e foi outro tema abordado durante o debate sobre carreira profissional.

Segundo Guedes, cerca de 30% dos professores da rede possuem, atualmente, graduação. “Nas universidades federais é pequeno o número de profissionais com graduação, mas nos institutos é diferente. Esse é um grande problema para nós”.

O pequeno salário inicial tem sido também um dificultador para a política de expansão da rede, implementada pelo Governo Federal nos últimos 10 anos. “Os baixos salários não conseguem atrair os professores, principalmente para os campi do interior”, alerta Guedes.

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