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34º CONSINASEFE referenda a greve da categoria

34º CONSINASEFE referenda a greve da categoria

Data: 20 de maio de 2022

Evento aconteceu entre os dias 12 e 15 de maio, em Brasília

Após um hiato de dois anos, provocado pela pandemia, aconteceu presencialmente o 34º CONSINASEFE, entre os dias 12 e 15 maio, em Brasília. O evento foi um importante espaço de discussão e acúmulo para o sindicato. Diretoras/es e filiadas/os da base do Sinasefe Ifes participaram da atividade.

Entre as decisões do Congresso, que tinha um caráter eleitoral e elegeu o Conselho Fiscal, o Conselho de Ética e a Direção Nacional do SINASEFE para o biênio 2022-2024, o 34º CONSINASEFE referendou a decisão da 173ª Plena que aprovou a greve da categoria. Durante o evento foram destacadas as dificuldades de construção da greve, iniciada no dia 16 de maio. Há adesão ao movimento paredista nas seções sindicais do Sinasefe IFMG, Sinasefe IFBA e Sindsifpe, que deliberaram pela deflagração de greve em diferentes campi.

A diretora Patricia Andrade destacou que o evento foi importante para reunir a categoria. “O Congresso foi um momento de reunir a categoria, as representações de base, para votar as políticas do sindicato, eleger uma nova diretoria. Aconteceram debates acerca da opressão, conjuntura e da greve”, disse a diretora do Sinasefe Ifes Patricia Andrade sobre o evento.

Durante a atividade, foi aprovada a tese de voto e apoio em Lula para derrotar Bolsonaro, nas eleições que acontecem em outubro. O ex-presidente lidera as pesquisas de intenção de voto, na disputa que está em fase de pré-campanha. Também foram apontados os desafios para o biênio 2022-2022, que terão como destaques as lutas contra as reformas trabalhista e previdenciária e contra o arquivamento da PEC 32/2020 (Reforma Administrativa), que destruirá o serviço público caso seja aprovada.

“O congresso apontou uma série de desafios para os próximos dois anos, como lutar pela revogação do teto de gastos (EC 95), e contra as reformas trabalhista e previdenciária, bem como continuar na luta para enterrar a Reforma Administrativa, defendendo o serviço público”, explicou o diretor do Sinasefe Ifes Thalismar Gonçalves, sobre as lutas aprovados para o biênio 2022-2024.

Sobre a conjuntura, a diretora Patricia Andrade destaca que foi apontada a necessidade de reforçar a resistência do conjunto da classe neste momento, de ataques constantes à categoria. “Houve também um debate de conjuntura, das teses, avaliando essa conjuntura que está posta, de ataques e a necessidade de muita resistência para o conjunto da classe, para o serviço público”, disse.

O congresso é a instância máxima para deliberações do sindicato. As decisões aprovadas pelas/os delegadas/os presentes no congresso são soberanas, podendo alterar decisões, por exemplo da Plenária Nacional.

Greve
A deflagração da greve foi aprovada pela 173ª Plena no dia 21 de abril e referendada pelo 34º CONSINASEFE. O movimento iniciou no dia 16 de maio e, entre as reivindicações está a recomposição salarial.O Ministério da Economia foi informado da decisão e, no ofício, o SINASEFE Nacional destaca que “a greve decorre da NÃO revisão geral salarial de 19,99%, para os Servidores(as) Públicos(as) Federais que compõem a categoria constituída por docentes e técnico-administrativos do EBTT e EBF, referente às perdas inflacionárias acumuladas durante o atual governo, bem como o não pagamento dos exercícios anteriores”.

Desde o dia 23 de março, quando foi deflagrada a greve pelas entidades do conjunto das/os servidoras/es públicas/os federais, como as/os trabalhadoras/es do INSS, o Sinasefe Ifes vem mobilizando e articulando com a base, nos campi, sobre a campanha salarial e sobre o movimento. O sindicato distribui informativos, afixou cartazes e faixas e tem realizado uma campanha digital explicando a situação. Clique aqui e saiba mais.

Repúdio mulheres
Mães presentes no 34º CONSINASEFE publicaram uma nota de repúdio à organização do Congresso e à Direção Nacional pela forma como foi conduzido o acolhimento das mães e das crianças no evento. No documento, elas destacam que elas sofreram uma tentativa de “invisibilização feminina”.

“O que nós e as nossas crianças vivenciamos neste congresso não só foi desrespeitoso e abusivo, mas configurou-se em uma efetiva tentativa de invisibilização feminina”, disseram na nota.

Elas pontuaram, por exemplo, que houve falta de programação educacional, política e cultural para as crianças, bem como foi desconsiderado o cardápio infantil. Clique aqui e confira a nota.

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