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Dona Antônia Paneleira: uma das mais importantes paneleiras do Estado

Dona Antônia Paneleira: uma das mais importantes paneleiras do Estado

Data: 29 de novembro de 2022

Neste mês de novembro, o Sinasefe Ifes resgata histórias de personalidades que marcaram e marcam o Espírito Santo

Dona Antônia Alves dos Santos, ou melhor, dona Antônia Paneleira, como ficou popularmente conhecida, criou 23 filhos amassando barro para fazer objetos. Seus trabalhos, produzidos numa olaria às margens da Rodovia Othovarino Duarte Santos, que liga o Centro de São Mateus ao balneário de Guriri, tornaram-se conhecidos pela qualidade.

Com traços particulares, Dona Antônia Paneleira era uma das mais importantes paneleiras do Estado. Suas peças foram publicadas em dois livros. Morreu aos 104, dos quais 96 foram moldando peças com barro, como panelas, moringas, máscaras e cabaças. Começou como um castigo dado por sua mãe, que depois virou sua fonte de renda e a tornou uma das mais respeitadas fabricantes de panelas do Espírito Santo.

Em relato ao site “Em nome do autor”, dona Antônia conta que a tradição do trabalho com barro só seria passada à família. Enquanto era viva, uma neta seguia os seus passos. “Eu quero ensinar só a família. É a tradição. Já ensinei por aí, mas as pessoas querem tudo rápido e fácil e com o barro não é assim. Quando cheguei aqui, sei que o que estava caçando eu achei. Tinha boa água, tinha boa vida e tinha bom barro, que era o barro de Pinheiro. Agora me trazem o barro, que não sei de onde vem e que não boto fé. Se quiser pôr uma panela no fogo, eu não confio”, disse. Comentou ao portal também sobre a idade avançada. “Eu acho que me deitei, mas esqueci de morrer”, brincou.

Chegou em São Mateus quando a região ainda não contava com água encanada e nem energia elétrica. Ela era natural de Jequié, na Bahia.

Neste mês de novembro, o Sinasefe Ifes resgata histórias de personalidades que marcaram e marcam o Espírito Santo. O sindicato já divulgou materiais sobre a história de Zacimba Gaba, Lula Rocha, Rosa Maria Nascimento Miranda e uma reportagem especial, no Dia da Consciência Negra, sobre a atuação de servidoras/es nos Neabis do Ifes. Acompanhe o sindicato nas redes sociais e confira!

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