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Professores da Ufes reafirmam greve a partir de 17 de maio

Professores da Ufes reafirmam greve a partir de 17 de maio

Data: 10 de maio de 2012

A deflagração da greve foi deliberada pela assembleia docente que demonstrou insatisfação com o descaso do governo federal.

Em assembleia na manhã desta quinta-feira, 10, na sede da Adufes, cerca de 200 professores reafirmaram a determinação de deflagrar greve por tempo indeterminado a partir de 17/05 ( próxima quinta-feira). Neste mesmo dia, às 10 horas, a categoria realiza assembleia geral na sede da Adufes, em Vitória, para avaliar a rodada de negociação que vai ocorrer em Brasília, em 15/05, entre o Andes-SN e governo.

Durante a assembleia os docentes demonstraram a insatisfação com a morosidade das negociações. O sentimento geral era de indignação com o governo. Motivos para tamanha revolta não faltam. O governo federal tem sido intransigente e omisso com as reivindicações da categoria: descumpriu acordo firmado em agosto do ano passado de que pagaria, até 31 de março deste ano, 4% de reajuste, incorporando a Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas); e não avançou na negociação da reestruturação da carreira dos docentes das Ifes.

“Até agora o governo só nos enrolou. Esperamos que no dia 15/05 haja uma resposta concreta e objetiva, caso contrário paramos de vez”, ressaltou o presidente da Adufes, José Antônio Rocha Pinto. Ele lembrou que a discussão do GT (Grupo de Trabalho) sobre reestruturação de carreira docente, que deveria ser concluída em 31 de março, foi prorrogada pelo governo para ser finalizada em até 31 de maio.

“Ou seja, o governo está sempre protelando. Fez isso no acordo emergencial e não há nada que nos garanta que desta vez vai ser diferente. Por isso, estamos mobilizados para iniciar nossa greve a partir de 17/05”, avisou Rocha.

Proposta do Andes-SN. Logo no início da plenária, o presidente da Adufes fez uma explanação da proposta do ANDES-SN que, segundo ele, prima pela garantia dos princípios da isonomia, da paridade, do vencimento básico e justo, da eliminação de gratificações. Ela prevê a titulação incorporada ao vencimento básico, ou seja, uma malha salarial que não tenha os penduricalhos impostos pelo governo, e que não seja alterada após a aposentadoria.

Lembrou que a proposta foi apresentada e aprovada no 31º Congresso do Andes-SN, realizado em Manaus, no ano passado. “A proposta dá conta de uma só classe dividida em 13 níveis e ela gera níveis salariais compatíveis ao que acreditamos ser justo”, resumiu.  Em síntese, a proposta do ANDES-SN prevê 13 níveis, 2 anos de interstício e 5% de steps, com relação entre piso e teto de 3,1 e com uma linha só no contracheque.

“ Não tem jeito, vamos caminhar mesmo para a greve “, defendeu um docente, sendo aplaudido pela platéia. Em várias outras falas, os docentes deixaram claro que o nível de descontentamento da categoria com o governo federal é alto.

Comunidade Universitária aprova deflagração da greve. Representantes do Diretório Acadêmico (DCE) e do Sintufes estiveram na plenária e ressaltaram apoio à luta dos professores. O diretor de Políticas Educacionais do DCE, Vitor Noronha, aproveitou para lembrar a todos sobre a Campanha em Defesa do Hucam, uma iniciativa articulada envolvendo várias entidades sindicais, como a Adufes, e que visa impedir o sucateamento e a privatização da unidade.

Fonte Adufes.

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